Desde já, já falo que esta postagem é uma das maiores que eu já fiz, caso queira ler e entender um pouco mais do maravilhoso mundo da dublagem seja bem vindo. Caso você seja mais um que simplesmente não gosta de dublagem, até uma próxima postagem.
Como muita gente sabe, sonho em ser dublador e por isso defendo a minha profissão com unhas e dentes. Assim como um médico defende a sua, um advogado defende a sua, eu como ator defendo a arte e principalmente a dublagem.
Antes de falar qualquer coisa, já deixo alguns pontos aqui:
1 – Não sou contra legendas. Não levantarei bandeira para a dublagem. Você pode assistir o seu filme, seriado e desenho como bem entender, isso é um direito SEU.
2 – Você não precisa acreditar em nada do que eu estou dizendo aqui. Tudo isso é fruto de pesquisa e interesse no assunto. Garanto que, não inventei essas informações de lugar algum. Cabe a você ler e pensar sobre ou não.
3 – Estou falando no Blog! pois me enoja falar deste assunto pessoalmente, já que muitos são cabeça fechada em relação a dublagem. Tenho meus pontos e você os seus cada um defende aquilo que gosta.
Dito isto, começaremos. Primeiro falarei um pouco sobre dublagem. Meu primeiro contato com dublagem foi igual a todo mundo, com desenho. Naquela época achava que aquele era o idioma original, e nunca imaginei o processo que tinha por trás. Hoje vejo a trabalheira que é dublar um simples seriado de 40 minutos. (cerca de 1 dia e meio). Isso não é somente a dublagem, tem toda a mixagem de som, os efeitos, o som sorround 5.1 entre outras coisas. Bom, o salário de um dublador não é lá grandes negócios, mas não falarei sobre isso. Não interessa o salário de um médico ou de um advogado, então de um dublador ficará assim também. Mas o que você precisa saber é: O dublador ganha por hora de serviço, a cada 20 segundos de filme que ele dubla equivale a um ANEL. A cada 20 anéis dublados são contados como uma hora de serviço. Se caso em um filme ele dubla 16 anéis e em outro filme (da mesma distribuidora) 4 anéis, isso conta como 1 hora de serviço. Se a distribuidora for gentil, linda e simpática (já já falarei disso) ela dará 2 horas pelo exemplo dado. Mas isso raramente acontece. E sobre direitos autorais, a cada 50 anos o dublador ganha 10% do que faturou no vídeo. Isso mesmo, de 50 em 50 anos é ganho uma quantia de 10%. Ou seja, é recebido só uma vez por motivos de morte e olhe lá. Pelo que você pode perceber, não é uma quantia muito grande de dinheiro, nada comparado ao orçamento feito dentro dos EUA. Não tem como fazer um trabalho tão perfeito, tão meticulosamente trabalhado e tão elaborado com uma quantia de dinheiro tão pequena, e com um prazo de tempo tão curto, sendo que as distribuidoras pedem uma dublagem para na quarta-feira sendo que o filme estreia no cinema na sexta-feira. Isso mudou de um tempo para cá, hoje eles pedem a dublagem com duas semanas de antecedência. Sendo que a dublagem em si leva quatro dias ou mais.
Uma coisa que leva muita grana para os estúdios de dublagem são quando os famosos dublam algum filme (o dinheiro vai para eles). Eu, particularmente, não tenho nada contra em ver o Luciano Huck na voz do príncipe de Enrolados, o Leandro Hassum em Meu Malvado Favorito, o Pedro Bial na dona do boteco em Shrek 2 e o Eduardo Moscovis em Tarzan. Mas o que me pega de jeito é: Eles têm preparo para tal trabalho? Sinceramente não gostei de muitas dublagens de famosos por aí. Mas o que podemos fazer? Eles ajudam a vender o filme, e isso é o que importa. Outra coisa que me pega: Eles podem continuar o trabalho feito em sequências?! Em Tarzan e Jane não é o Eduardo Moscovis que dubla o Tarzan. Em Shrek Terceiro não é o Pedro Bial que dubla a dona do bar. Em muitos outros filmes acontece isso, não é culpa dos atores ou dos apresentadores de BBB, mas sim das distribuidoras que não procuram os atores ou não aceitam pagar o que eles pedem para a sequência. Para mim perde a verossimilhança total depois de tudo isso. Outro exemplo: Heloisa Periseé dublou a Gloria de Madagascar 1 e 2. Até aí tudo bem, mas esqueceram do especial de natal. Quem fez a voz da Gloria?! Uma dubladora do ramo, não uma atriz que cobraria muito por um trabalho de 30 minutos. E sim, nós podemos reclamar sim, nós assistimos, nós pagamos pelo DVD, nós alugamos, nós merecemos uma qualidade boa de dublagem. Não nego isso, por isso que, não discuto que assistir em inglês é melhor que português. Lá não tem esse problema. Mas uma coisa é assistir em inglês e outra é assistir legendado. Para mim a legenda tem o seu lado positivo de passar a mensagem com a interpretação do ator, mas tem lados ruins também. Muita gente perde a cena do filme, uma cena de ação você lendo legenda é uma perda de tempo para mim, um filme que tem só diálogo como do Woody Allen acho uma perda de tempo ficar lendo legenda. E outra, a legenda me corta o barato. Quando é uma frase grande, você nunca lê seguindo o que o personagem está dizendo. Você lê a frase inteira, certo?! Mas segura o riso para a hora do Punch-Time (Hora de rir). Por quê isso acontece? Você já sabe o que o personagem iria dizer, não entende o que ele falou (se entendesse assistiria sem legenda), mas só ri na hora que ele acaba a frase. Eu também faço isso, sou ser humano também. Mas já achei que Shrek era da Pixar e já tive a minha fase de criticar dublagem também, hoje quero ser dublador.
Voltando, no seriado Lost que tem muita cena de suspense e o suspense acompanha a música, muitas vezes o personagem fala a frase decisiva quando a música acaba e faz aquele clima de suspense. A legenda não segura esse suspense pra mim. Já li o que o cara vai falar, mesmo que uns 4 segundos antes dele falar, mas mesmo assim, isso perde a verossimilhança para mim.
Por falar em Lost, foi o que me determinou em querer ser dublador, ao ver a 1ª e a 2ª temporada dubladas, me apaixonei e sabia que queria isso. Li no jornal que teve brigas com estúdios e iria mudar a dublagem (já já falarei disso) a partir daí comecei a pesquisar o porquê, e me aprofundar cada vez mais. Na época foi um rebuliço nas comunidades do Orkut, muita gente falando algo como: Kate com voz de Louis Lane, John Locke com voz de Shrek Terceiro, etc... Hoje quando vejo as primeira dublagens e estranho, e com razão, são 2 anos com um tipo contra 4 anos com a nova dublagem. Já dá pra se acostumar né? Por isso que estúdios e distribuidoras não ligam muito pra isso, o público se acostuma, o público se acomoda, o público aceita. Se for para falar em Orkut, falar em MSN, não resolve nada. As diretas já, não começaram na Internet, começaram na presença do povo contra a ditadura. (não estou fazendo apologia à revolução nenhuma) o que quer dizer é: Não adianta reclamar com o vizinho, com o amigo, reclame com a distribuição. Ela é o real problema de toda a situação da dublagem brasileira. Na história do Lost foi o seguinte, a distribuidora se negou a pagar os 10% de 50 em 50 anos, e queria de 80 em 80 anos. O que muitos acham um absurdo, uns acham bom, afinal, vai receber uma vêz só, de qualquer jeito. Mas depois disso, poderia muito bem começar a pagar de 100 em 100 anos, depois de 120 em 120, 150 em 150, e por aí vai. Pra mim, os dubladores do Estúdio Álamo fizeram uma boa escolha em não aceitar. Porém a moeda tem dois lados, quem não quer dublar uma série de sucesso mundial? A distribuidora simplesmente levantou e sem negociar levou para o Rio de Janeiro, foi fácil continuar a série. O pessoal do RJ aceitou, pois precisam de dinheiro, e o pessoal de SP ficou a ver navios. É fácil a vida de um dublador. Preparo-me desde já para o buraco que vou entrar. A propósito, a distribuidora é a Buena Vista Entertainment. Pertence a empresa Walt Disney. O que me deixou mais frustado foi isso, a maior empresa do mundo, a empresa que realiza sonho das pessoas se recusou a pagar um trabalho bem feito de dublagem. (Não que o trabalho do Rio seja um trabalho mal feito, mas pra mim isso é trocar o certo pelo duvidoso) Isso não entra na minha cabeça. E sim, a Walt Disney é uma péssima pagadora no ramo de dublagem. Mas quem não quer dar a vida pra ter a voz em um filme da Disney?! Eu mesmo dublaria um filme de graça pra Disney, só pra poder dizer que já dublei. Por isso suas dublagens são sensacionais, mas seus pagamentos são péssimos.
De distribuidoras iremos aos clientes, não, não nós, e sim os grandes clientes como Globo, SBT, Walt Disney, Paramount, Universal, e por aí vai. Se o cliente quer mudar a dublagem ele tem total direito. A Globo mandou dublar de novo a série Glee, não porquê não gostou, mas porquê achou indevido alguns termos. Ela mandou trocar Gostosa por Atraente, Peitos/Seios por Busto, etc... Além de eu achar isso babaquice, acho isso uma censura. Pois na versão original eles dizem, por exemplo: You’re a fucking hot girl! E mandam dublar como “Você é muito atraente!” Tem o mesmo sentido, mas não a mesma conotação. Acho isso imperdoável por parte da Globo, mas ela tem o direito dela. Ela faz o que ela quer, ela que vai transmitir a série do jeito dela. Contra isso, infelizmente, não podemos fazer nada. Muitos filmes são dublados para o DVD e para a TV, por isso quando você alugar um filme ele pode falar um palavrão, mas ao passar na TV ele vai ser censurado. Hoje as empresas fazem isso com os mesmos dubladores e estúdios. Antigamente, se o filme passava depois das 22h era uma voz, se passasse na Temperatura Máxima era outra voz.
Outra coisa, que ficou muito a tona um tempo atrás é a dublagem de Miami, Não é um estúdio que chama Miami (Versão Brasileira: Miami) é um estúdio que fica na cidade de Miami e dubla para o português numa quantia muito mais barata. Quem dubla lá?! Dubladores? Não! Vendedores de coco da praia, transeuntes da rua, turistas, qualquer um dubla lá. Não precisa de curso de dublagem, não precisa de DRT, não precisa de preparação, NÃO PRECISA SER ATOR! Já reparou que a dublagem de Criss Angel soa muito estranho? A dublagem de South Park é um pouco forçada? As entrevistas do E! são carregadas de R de interior de São Paulo e sotaque texano? Pois é, são todas dubladas lá. É como se você fosse fazer uma cirurgia em um hospital caro e num barato, o barato faz a cirurgia, mas não fica muito bom. Você iria mesmo assim? Obvio, uma coisa é seu corpo, outra coisa é um desenho, seriado. Mas me deixa muito triste saber que as empresas que fazem esses shows deixam uma porcaria de estúdio clandestino dublar a sua série. Hoje algumas emissoras são rígidas com isso, a Rede Globo e a TNT não aceitam este tipo de dublagem. Já o SBT aceitou um desenho chamado Blue Dragon dublado fora do Brasil, mesmo sabendo do ocorrido o produtor executivo do SBT, Leon Abravanel, disse que não viu problema nenhum na dublagem e que continuaria assim. Infelizmente, ponto para o mais barato.
Falando em SBT, Silvio Santos fez isso há um tempo, criou um estúdio dentro do SBT e tudo que iria transmitir lá deveria ser dublado dentro do SBT. Mas tem diferença, no SBT as pessoas tinham curso, eram atores, tinham DRT, tinham preparação. E foram chamados vários donos de estúdios para montar um estúdio lá. E outra, foi assim que nasceu uma das dublagens que mais me fascina até hoje: Chaves e Chapolin. Para mim, falar de dublagem sem falar de Chaves e Chapolin é não falar de dublagem. Bom, gosto do programa, da dublagem e tudo que rodeia esse grande fenômeno. Mas não vou me aprofundar muito neste assunto. (OBS: No episódio História do Brasil foram traduzido todos os marcos da história do México para o Brasil. Sendo assim (exemplo) Hernan Cortez virou Pedro Alvarez Cabral. Para fazer isso o diretor da dublagem da série Nelson Machado (Kiko) foi até o consulado do México para saber quem era quem naquela história. E tem mais, fez tudo isso por conta própria, sem receber a mais por isso. Para mim essas pequenas coisas que mostram que a pessoa tem muito amor pelo que faz. Espelho-me em grandes profissionais (não só da dublagem) para poder trabalhar com ética e dignidade pelo resto da minha vida.) Outra coisa, foi graças a este estúdio que nós tivemos as músicas do Chaves. Até a vinheta de abertura é do SBT, a original é uma feita de massinha que muitos mal devem lembrar. Pensando que uma coisa leva a outra, rola aí anualmente o Festival de Boa Vizinhança, uma Comic-Com só com fãs de Chaves.
Mas vamos para o próximo tema, as tais pessoas que dizem “Eu odeio dublagem.” Nada contra, eu odeio muitas coisas e deixo por isso mesmo, mas eu tenho motivo para odiar as coisas. Gente que “odeia a dublagem por si só.” Sinto muito, isso eu não engulo facilmente. Eu concordo que o que o ator passou para gravar o filme não tem como ser substituído por dublagem. Um puta trabalho de dois anos, deve ser substituído por uma voz que o fará em 4 horas, isso é realmente muito difícil. Embora muitas dublagens sejam perfeitas. Mas pra mim, falar que não gosta de dublagem é dizer que não gosta do idioma. Afinal, em vários filmes, seriados, etc... Uma boa parte da produção é dublada. O famoso “This is Sparta!” mencionado no vídeo do Felipe Neto (já já falarei disso também) é um bom exemplo, mas coisas mais simples como seriados que você assiste, Lost por exemplo. Não é fácil gravar na selva, não só pela acústica, mas e quanto aos animais do fundo fazendo barulho. Em cenas de explosão de filmes de ação, em cenas de sexo que tem o famoso “cochicho” no ouvido. Como gravar uma cena sussurrada sem estourar o áudio da câmera?! Dublagem. Sim, uma boa parte do cinema americano é dublado. Acredite... Se quiser. E o pior são pessoas que vão a cinemas dublados e ainda reclamam do trabalho da dublagem. Dizendo “Nossa, que tradução ruim.”. Uma que a tradução geralmente não tem problema nenhum. Segundo, se veio pra reclamar da dublagem e não ver o filme vá a um cinema legendado, tá a fim de ler e perder grandes cenas de efeito 3D (isso me ocorreu quando fui ver Avatar) vá em frente. Pra mim, certos filmes valem a pena ver dublados sim.
E por falar em tradução. Isso mal ocorre com dublagem, mas com legendas, no filme Do Que as Mulheres Gostam, uma cena de basquete Mel Gibson fala “Miss! Miss! Miss!” Querendo dizer: “Erra! Erra! Erra!” e na legenda aparece um lindo “Senhora! Senhora! Senhora!” Sim senhoras e senhores, as legendas também tem teto de vidro. Como em Lost, onde John Locke diz que nasceu no dia 30 de maio. Na Legenda diz dia 13 de maio. E na dublagem diz dia 30. Até o fato de ver um “Au, au, au, au, au!” na legenda eu já vi.
Mudando de assunto, algumas dublagens brasileiras são eleitas melhores que os áudios originais americanos, como em Procurando Nemo. E sim, a dublagem brasileira é eleita a melhor do mundo. Mas o que acontece que nós brasileiros não aproveitamos a dublagem que temos?! O fato de dizer “não vejo dublado, vejo legendado” era uma coisa cool há uns tempos atrás, e que foi se prolongando por muitos anos, até os dias de hoje. É fácil ver um filme dublado e dizer “Hmmm, que dublagem ruim!”. Assim como é fácil virar para um médico que fez transplante de coração e dizer “Hmmm, o coração original era melhor!” Reclamar do trabalho alheio é fácil, criticar o outro é fácil. E ir dublar um filme, é fácil?! Os dubladores nada mais são do que pessoas contratadas que fazem leitura dramática em sincronia com a boca do ator. O fato de xingar, falar Meu Deus, escolha de voz, Tudo, tudo, menos a interpretação é culpa das distribuidoras e dos estúdios.
Uma coisa que me fez querer escrever isto foi o vídeo do Felipe Neto - Regras da Dublagem (Ele trocou o título e uma participação do Guilherme Briggs pelo fato do mesmo ter se sentido ofendido com o vídeo). Lá ele fala que negros tem voz fina, que Jack Sparrow tem uma voz irritante, que não se pode falar “Meu Deus”, entre outras coisas. Se você até agora não fechou este Blog! é porquê está se interessando pelo assunto e me entende em várias partes. Acho que negros tem voz fina sim, pois é exigido isso pelas distribuidoras. Na hora do teste vão três pessoas fazê-lo, cabe o distribuidor escolher qual. O dublador não vai ficar triste “Nossa, minha voz fina vai num personagem negro, creio que isto está errado.” Não, ele está lá pra colocar a voz no personagem negro, ele fez o teste pra isso, ele quer dinheiro, ele precisa de dinheiro, isso, antes de tudo, é uma profissão. Mundo capitalista, lembrou?! Não quero entrar nesta discussão agora. Realmente, em alguns estúdios, não se pode dizer “Meu Deus”, eles trocam para “Minha Nossa” que nada mais é que “Minha Nossa Senhora da Aparecida”, ou seja, troca o seis pela meia-dúzia. Quanto à voz do Jack Sparrow, qual o problema da voz?! Quando o mesmo dublador faz Brad Pitt (Sr. E Sra. Smith) não tem problema algum?! Quando faz o novo Pica-Pau também não?! Quando faz o George Clooney em muitos filmes é de boa?! Qual o real problema com a voz do Jack Sparrow?! É uma voz característica e caricata demais?! Qual o problema disso?! Johnny Depp só faz personagens fortes, acho que deve ser muito difícil dublá-lo. Já que quem reclama das dublagens é um perito em dublagem. Qual a solução que vocês dariam pra esse problema?! Dublar de novo?! Trocar os três filmes prontos (e o quarto que está por vir) por outra voz?! Eu não me importo de você achar isso ruim, tem voz que realmente não encaixa com o ator, mas qual a solução pra isso?! O problema é com a voz do Jack Sparrow, com o dublador, com os personagens caricatos do Johnny Depp, ou com você?! Você que com certeza já reclamou de alguma dublagem, você já se pegou elogiando alguma dublagem?! Tem alguma que você ache bem feita?! Se for pegar dublagens de quando você não tinha nem ideia de ler alguma coisa legendada aí não conta. Junto com o filme que você reclama, atualmente, tem algum filme que a dublagem você aprecia?! Se sim, que bom, você vê filmes dublados para poder comparar, você entende que é difícil dublar um filme e admira um bom trabalho. Se não, realmente você não vê filme dublado e não serve de parâmetro. É igual eu querer discutir os escândalos do congresso. Não estou lá, não me interesso por isso, não leio jornal, não vejo noticiário, como posso discutir algo que não entendo?! Isso é o que mais me deixa irritado.
Finalizando, a dublagem é feita de forma “abrasileirada” mesmo, por isso se fala “Versão Brasileira”, ou seja, ditados, expressões, gírias e tudo mais, são traduzidos para o português. Por isso que “Acapulco” vira “Guarujá” (Chaves) “You are so in there!” Vira “Ela tá tão na sua!” e “Gravy Way” vira “Sonho de Valsa” (Todo Mundo Odeia o Chris) “Back off!” vira “Vá plantar batatas!” (Friends). Convenhamos também, se New York virasse São Paulo eu iria achar ruim, pois estariam me chamando de idiota, assim como se um sotaque texano virasse um sotaque do interior de Minas. Isso é aceito em Carros e Carros 2 porquê é desenho, é caricato, é engraçado e divertido. Em um filme sério não seria aceito, pelo menos por mim.
Espero que tenha esclarecido muito do que eu sinto com a dublagem. Agradeço a todos que leram este post inteiro ou que parcelaram a sua leitura, agradeço mesmo ao tempo de atenção que me deram. (sem ideias de como finalizar o texto, pois escrevi as últimas partes agora e fiquei com raiva, vou falar uma frase que Nelson Machado (Kiko) finalizou seu livro Versão Brasileira)E lembre-se, tudo aquilo que você assistiu na TV quando era criança, você assistiu dublado.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
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Um comentário:
Olá Gabriel!!
Só pra acrescentar e esclarecer:
Na verdade,qdo vc faz 16 anéis de um filme,e faz mais 4 anéis de outro filme,mesmo sendo da mesma distribuidora,vc não ganha só uma hora,vc ganha duas horas.
Só acontece isso,se for numa série onde tem epsódios,e tem um limite de epsódios e dobras,ou... se for numa mesma produção,como programas da Discovery, National geografic-tipo "sobreviventes",Super Nany","Não sabia que estava grávida" e etc...
Obrigada
Angélica Santos
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